8 de dezembro de 2015

Michael C. Hall em outra peça em Nova York

Antes mesmo de o público se acomodar, Thomas Jerome Newton já está apagado, imóvel, deitado, descalço, enrolado numa manta, no palco do New York Theatre Workshop. Na porta da geladeira aberta, cinco garrafas de gim dão ideia da ressaca do homem largado no chão.

Terminado o apelo para que a audiência desligue seus aparelhos de telefone celular, o protagonista da peça "Lazarus"; é despertado pela televisão gigante em seu apartamento. Imagens desconexas a um volume quase ensurdecedor levam à primeira cena de uma sucessão de delírios e desesperos do personagem nas duas horas ininterruptas de apresentação.

Newton é a releitura do extraterrestre de "O Homem que Caiu na Terra", filme de 1976, dirigido por Nicolas Roeg, que, por sua vez, é uma adaptação do romance de ficção científica homônimo de Walter Trevis, de 1963.

A ausência mais presente é a de David Bowie, compositor da trilha sonora e coautor da adaptação teatral que estrearia nesta segunda-feira (7), em Nova York, sobre o protagonista que ele próprio viveu no filme de quase 40 anos atrás. A Folha assistiu a uma pré-estreia no sábado (5).






Em compensação, discos do astro inglês ficarão durante toda a encenação no canto direito do palco, ao lado de uma vitrola. Canções de Bowie, uma minoria delas composta para a produção, são a linha narrativa do musical, interpretadas pelos atores e uma banda disposta no fundo do palco, atrás de um vidro fumê.

A peça é, de certa forma, um acerto de contas. Quando foi convidado a atuar em "O Homem...", Bowie se incumbiu de fazer a trilha sonora, mas o trabalho foi dispensado. Um ano depois, ao lançar o disco "Low";, o artista mandou uma cópia ao diretor, com o bilhete: "Isso é o que eu queria ter feito pelo filme", conta o crítico Sean Doyle, em artigo da publicação da Film Society of Lincoln Center.

Em 2013, Bowie procurou o produtor Robert Fox com a ideia de dar continuidade à vida do alienígena imortal. Fox sugeriu uma parceria com o premiado dramaturgo irlandês Enda Walsh, que faria com ele a montagem. O diretor belga Ivo van Hove completaria a equipe.

Na versão em cartaz, Newton, interpretado por Michael Hall, está preso na Terra, sufocado pela nostalgia e por um amor interrompido. Ele deseja retomar sua vida no planeta desértico de onde veio e, impotente, afoga-se em gim para aliviar a claustrofobia. O alcoolismo foi herdado do personagem original, bem como o apego à televisão, sua vitrine da humanidade.

"Sou um homem morrendo que não pode morrer", ele desabafa. "Não poder morrer é uma piada terrível pra cacete."

Há uma coleção de papeis igualmente perturbados e perturbadores. Anjas de preto, um destruidor do amor. Uma assistente que se recusa a ser chamada de empregada, Elly (Cristin Milioti), é encarregada de arrumar o apartamento, mas, apaixonada, bagunça a vida de Newton ao misturar a confusão interna dele com a própria.

Uma menina loira de vestido branco rendado, interpretada por Sophia Anna Caruso, 14, sabe tudo sobre Newton e nada sobre si mesma, nem sequer seu nome. Ela atua na sua consciência como voz interna que o ajuda a traçar um plano de fuga, ao som, entre outras, de "Life on Mars?" ("vida em Marte?"), hit de Bowie de 1971.

"Não posso continuar. Você precisa me ajudar", suplica Newton à menina. "O que você quer?", ela indaga. "Ir embora. Voltar para as estrelas."

ESGOTADO

O musical foi submetido a uma dieta rigorosa de informação, o que criou expectativa. Os ingressos iniciais da temporada, em cartaz até 17 de janeiro, esgotaram-se em três horas, recorde para a casa.

Os atores admitiram apreensão ao interpretar canções de Bowie, mas relataram "generosidade"; do "amável"; compositor. De fato, não há disputas. Quando interpretou Newton, o artista disse que se enolvera tanto que se sentia "tão alienado quanto" seu personagem. "O que você vê lá é David Bowie" afirmou, em entrevista em 1992.

Continua valendo. O artista ainda é o protagonista, sem nem aparecer.


4 de janeiro de 2015

Leia o relato de Amanda Gomes e resista (se for capaz) à tentação de sonhar com o dia de também poder ver esse grande ator na Broadway!


Uma NOVA paixão chamada Michael C. Hall

Sabe aquele dia que tem tudo para dar errado???  Bom, eu QUASE tive um dia assim, mas ele foi salvo por ninguém mais, ninguém menos do que Michael C. Hall! Mas deixe-me começar a história pelo começo.

Em outubro do ano passado eu viajei para Nova York e viajar para esse lugar só pode dizer uma coisa..... você gastará seu dinheiro na Broadway se gostar disso, não tem como não fazê-lo. Eu sempre gostei de peças de teatro, a minha favorita é o Rei Leão (assisti a ela quatro vezes aqui em São Paulo) e enquanto estava planejando minha viagem, uma das primeiras coisas que coloquei na listinha foi ver pelo menos duas peças, Mamma Mia (amoooo!!!) e O Fantasma da Ópera. É claro que quando cheguei lá, tudo mudou!!!


Um dos primeiros cartazes, se não o primeiro, que vi logo no metrô foi o da peça “Hedwig and the Angry Inch” com o rosto do Michael estampado no pôster.  Ali mesmo já comecei a considerar que se sobrasse dinheiro eu a assistiria. Inocente eu!!! Resumindo, eu acabei assistindo às duas peças que queria, assim como Matilda, The Real Thing (com o ator Ewan McGregor, minha paixão da adolescência) e também Cinderella.... 

Como comecei dizendo, deixei para ver Hedwig quase nos meus últimos dias de viagem, dois dias antes de voltar. Isso quer dizer que meu dinheiro já tinha ido todo embora, mas é para isso que serve um cartão de crédito....

Acontece que era para eu ter ido a Washington nesse dia, mas acabei perdendo o trem e devo dizer que não fiquei no meu mais bom humor por causa disso. Ainda assim, mal sabia eu que esse seria um dos melhores dias da minha viagem. Após uma discussão bem interessante com minha consciência pesada, resolvi comprar o ingresso. Acabei ficando na parte da Orquestra, cadeira B5, ou seja, na cara do palco. Para falar a verdade, eu já queria assistir Hedwig desde que vi uma apresentação do Neil Patrick Harris (ele estava cantando a música Sugar Daddy, a melhor na minha opinião) no Youtube, depois ele saiu da peça e entrou outro ator (Andrew Rannells, que não gosto muito), mas quando vi que o Michael iria substituí-lo não tive mais  dúvida que era para eu vê-la a todo custo.

Vamos ao que interessa.... Não preciso dizer que o Michael está maravilhoso como Hedwig.  É até difícil explicar como a peça é, já que parece mais um show de rock do que uma peça da Broadway. O começo da peça é bem engraçado, logo que você entra no teatro (Belasco Theatre), há um carro no meio do palco (ele fica lá quase o tempo todo). A banda entra do nada e começa a mexer nos instrumentos, e logo depois entra a maravilhosa Lena Hall que faz o papel do marido do Hedwig, Yitzhak. Quando o Michael entrou meu coração até pulou, não acreditei que o estava vendo tão de perto (consegui até ver a pintinha que ele tem na bochecha de onde estava). Tanto a maquiagem que ele usa quanto seu figurino é perfeito, aquele vozeirão para cantar, e ele praticamente não para um minuto, pulando do carro, subindo nos degraus no palco, se arrastando no chão. Se não me engano só há uma música que ele não participa, que a Lena canta sozinha. Ele está ótimo no papel de um travesti alemão, a peça é cheia de flashbacks de sua trajetória, todas suas lembranças da infância e adolescência, o mais legal é que dá para entender praticamente a peça toda, as personagens tem sotaque.

O melhor momento para mim foi quando ele cantou Sugar Daddy, é claro. Ele desceu do palco e subiu na cadeira de um cara atrás de mim e começou a rebolar na cara dele, fazendo um lap dance..... e eu lá..... só observando. Durante a peça ele deitou no colo de outro cara e beijou um senhor da primeira fileira, ele interage bastante com o público, faz piadas. Tivemos até que cantar uma música junto com a banda e há um momento que eles tiram o carro do palco (Sim, isso é possível, na Broadway tudo é possível....). Posso dizer que não dá para  ficar cansado de assistir a tudo isso, eu não queria que acabasse. Mas, tudo tem seu fim!! Não quero contar o final, mas foi lindo, principalmente porque você torce para que a personagem da Lena tenha um final feliz (Hedwig a humilha direto na peça). Quando tudo acabou, eles agradeceram o público e o Michael saiu do palco do lado que eu estava, não tive como não dar um tchauzinho para ele, o melhor é ter uma resposta, ele viu e fez um sinal de “Rock & Roll”, mostrando a língua para mim ainda.


Mas isso não é tudo, já tinha visto que logo após as peças é possível esperar pelos atores fora do teatro (isso depende do teatro, cada um tem uma saída diferente, algumas são na frente do próprio teatro, outras no outro quarteirão). Então, decidi esperar por ele, e isso foi uma das melhores coisas que fiz. Uma galera se juntou lá, mas todos estavam tranquilos, sem aquele empurra-empurra que vemos por aqui no Brasil. Fiquei uns 30 minutos na grade esperando, os meninos da banda foram os primeiros a sair e depois foi a vez da Lena. Ela é a simpatia em pessoal, além de ser super talentosa. Adorei essa menina, e o Tony que ela ganhou ano passado foi merecidíssimo. Ela autografou meu Playbill (aquele livrinho que eles dão logo quando você entra no teatro) e ainda fez pose para a minha foto.


Todos estavam bem ansiosos, e o Michael saiu com seu cachorrinho (ou cachorrinha, não sei...) na coleira. Ele já veio direto para o lugar onde eu estava. Absolutamente simpático com todos, deu autógrafo (só é difícil tirar foto com ele no momento por causa da multidão, mas consegui algumas enquanto ele autografava meu Playbill). Saí do teatro totalmente apaixonada, só o conhecia por causa de Dexter (ele é muuiiito mais do que isso), e eu nem tinha visto a séria completa, mas ele acabou ganhando mais uma fã, não só pela questão de ser bonito pra caramba, mas por ter sido super atencioso, isso para mim vale demais.

Hedwig and the Angry Inch --- recomendadíssimo....



Obs.: Muito obrigada Amanda por compartilhar a sua experiência de assistir a peça e ter tido o privilégio de conhecer pessoalmente esse ator maravilhoso! 




15 de dezembro de 2014

Michael participou de evento em favor da luta contra a AIDS


Michael C. Hall, Seth Rudetsky e Lena Hall

Michael C. Hall e Lena Hall



Lena Hall e Michael C. Hall, que estão atualmente estrelando em Hedwig e The Angry Inch, 
foram apenas algumas das celebridades que estiveram presentes no dia 9 de dezembro.

Fonte

30 de outubro de 2014

Dexter de cuecas!

Michael C. Hall volta ao palco para receber os aplausos 
após apresentação da peça Hedwig and the Angry Inch



Michael assinando autógrafos na entrada do Belasco Theatre em Nova York City após sua apresentação no dia 19 de outubro, 2014

Fonte